Ele recorda com alegria do tempo de criança, quando cantava nas ruas de Juazeiro e aos 11 anos virou atração de circo. Tocava com um violão que era maior do que ele – contraste que chamou a atenção dos circenses. João aprendeu sozinho a lidar com o instrumento de corda e começou a tocar em conjuntos musicais. “Mas era um curtidor, não queria saber de nada”, diz.
Hoje, João vive da música e a encara com mais responsabilidade. Emociona-se quando lembra de sua história e agradece a Deus por tudo que passou e aprendeu nesse período. “Era difícil eu olhar para o céu, hoje eu o contemplo. Vivo intensamente, com mais detalhes. Acho que todos devem fazer isso e aproveitar o máximo cada momento”, diz.
Música - João Sereno dá um show de valorização da cultura nordestina nos palcos. É também compositor. Toca violão, guitarra e o que mais for preciso: baixo, cavaquinho, triângulo, percussão. Tem parcerias com Adelmário Coelho, Virgílio, Zelito Miranda, Dominguinhos, entre outros. Tem cinco discos: Sem rótulo (gravado enquanto ainda fazia hemodiálise), Fazendo forró, Intenso, João Sereno e convidados e Somgon. Já tocou na França e na Itália, além de rodar pelo Brasil.
Atualmente, João investe em novo ritmo musical, o SomGon. Trata-se de um som advindo de um foguedo popular. “No foguedo é uma ou duas violas e dois pandeiros que fazem o som. Eu acrescentei a guitarra, baixo e bateria, dando uma batida nova, batizada de SomGon”, explica. E acrescenta: “Descobri que nasci para fazer música”.
*Matéria resumida, matéria completa no site do A TARDE.
[ Danile Rebouças - A TARDE]
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