Bio

João Sereno começou profissionalmente tocando num circo aos 11 anos, onde era admirado pela sua desenvoltura com o instrumento e pelo tamanho da guitarra que era maior que ele. Depois passou alguns grupos musicais até participar da banda de baile “Amado e seu Xeque-Mate”. Daí vem seu ecletismo, tocava todo tipo de música.

Começou a tocar na noite de Salvador, quando teve seu talento reconhecido pelos próprios colegas de trabalho, a exemplo de Moraes - irmão de Dominguinhos - com quem formou um grupo de música nordestina. Foi nesse período, que conheceu Dominguinhos, hoje amigo e parceiro.

Nascido na mesma terra que João Gilberto, Juazeiro da Bahia, João Sereno desenha como poucos um contratempo musical. Recebeu elogios de Caetano Veloso, quando foi convidado para cantar no 99º aniversário da sua mãe, Dona Canô, cantando “O ciúme” de autoria do próprio Caetano.

“João, nunca ninguém cantou uma canção minha assim, pra mim - em contratempo - como você fez agora. Minha mãe adorou” (CAETANO VELOSO, 2007).

João Sereno retira da alma suas cantigas. “Não tenho compromisso com linha musical, gosto de fazer música que me agrada” revela. Intérprete sensível e compositor requisitado e um instrumentista virtuoso tem quarto CD gravados. Já dividiu palco com grandes nomes da música brasileira: Hermeto Paschoal, Dominguinhos, Belchior, Sivuca, Geraldo Azevedo, Nando Cordel, Xangai, Oswaldinho e mais um bocado de gente… Fez uma turnê pela Europa, cantando forró na Itália, Espanha e França.

Showman, dono de um humor refinado, é capaz de fazer qualquer plateia rir dos casos que vivenciou ao longo de suas viagens pelas pequenas cidades do interior. Essa vertente pode ser conferida em canções como: “Alô Cotôco”, “Carminha”, “Short em perna pau, “A tragédia dos Ovos” e tantas outras de sua autoria.

Aurora e o Sol



João Sereno / Ruy Penalva

Quando a Aurora abre a porta do céu
Para o sol sair
O carro do sol
Inaugura a manhã...

Que é rósea a cor dos dedos que a Aurora tem
Que faz tanto bem
Que é da cor de romã

Que cheira tão bem
Que exala hortelã
Que prova também
Do gosto da maçã (bis)

Assim, eu fico quando você aparece
Também feito a pontinha de um iceberg
Meu mar esquenta um pouco só pra você ver
Como eu me derreto por você

Assim, eu fico quando você aparece
Tão bem feito a pontinha de um iceberg
Meu mar esquenta um pouco pra você ver
Que eu derreto dentro de você.